segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Doenças em Cachorros: Torção e dilatação gástrica

Doenças em Cachorros: Torção e dilatação gástrica

O que é a Dilatação e Torção Gástrica ?

A Dilatação e Torção Gástrica é uma patologia em que o estômago se encontra dilatado com gás e, adicionalmente, pode ocorrer uma torção sob o seu eixo maior, resultando numa fermentação e aprisionamento de gás e ingesta no estômago.


O que é que provoca esta patologia?

A causa definitiva ainda está por esclarecer. Provavelmente esta patologia resulta de uma interação de vários fatores de risco, nomeadamente: exercício vigoroso após ingestão de grandes quantidades de água ou após refeições; ingestão de dietas muito fermentáveis como feijão, grão, etc., associadas a uma única refeição diária, cadelas pós-parto com aumento das necessidades calóricas, stress e aumento da aerofagia (ingestão de ar). Animais que apresentem congenitamente um aumento da latitude dos ligamentos hepatoduodenais e hepatogástricos são mais predispostos a sofrerem de dilatação e torção gástrica. Defeitos na eructação e uma diminuição do esvaziamento gástrico contribuem também para o aparecimento de GVD.


Trata-se de uma situação de urgência médica?

Sim, provavelmente é uma das patologias não traumáticas que resultam em morte, sem a ajuda imediata do médico veterinário.

Existem algumas raças mais susceptíveis do que outras?
Estatisticamente sabe-se que raças de grande porte com peito profundo como os Doberman Pinscher, Dogue Alemão, Setter, Pastor Alemão, São Bernardo, Serras da Estrela, Fila Brasileiro entre outras, são mais predispostas para ocorrer dilatação com torções gástricas.

No entanto ocasionalmente, pode ocorrer em raças pequenas como os Bulldogs Ingleses, Terriers, Basset Hound, Teckels, Caniches e Pequinois apenas dilatação do estômago.

Não existe predisposição sexual, podendo afetar animais entre os 2 meses e 15 anos. Normalmente esta condição ocorre 2 a 3 horas após a ingestão de uma refeição.

Fatores importantes a ter em conta:

- Esta patologia ocorre primariamente em cães de raças grandes e peito profundo.

- A dilatação gástrica sem torção pode ocorrer ocasionalmente em raças pequenas.

- O estômago distendido confere uma aparência dilatado no flanco esquerdo do animal.

- A percussão digital do estômago por de trás da última costela produz um som timpânico característico .

- O estômago dilatado faz compressão sobre o diafragma promovendo dificuldades respiratórias.

- Os animais tentam vomitar mas não o conseguem pois a passagem do cárdia para o esôfago encontra-se obstruída pela torção. Pode existir hipersiália (formação excessiva de saliva).

- A torção do estômago faz com que a circulação entre os vasos sanguíneos gástricos e esplênicos fique comprometida, resultando num choque profundo.

- Finalmente o animal colapsa, deitando-se lateralmente, podendo observar-se o enorme volume distendendo o abdômen.

É possível distinguir entre uma dilatação gástrica e uma dilatação com torção?
Através da realização de um raio x abdominal, o veterinário conseguirá distinguir as duas situações.


Porque o cão entra em choque?

O gás acumulado no estômago comprime as veias abdominais que transportam o sangue de volta para o coração. A privação de sangue para os tecidos tem como conseqüência uma diminuição do aporte de oxigênio, fazendo com que o animal entre em choque. Adicionalmente, a pressão exercida pelo gás nas paredes gástricas provoca uma inadequada circulação sanguínea tendo como conseqüência a morte e ruptura da parede gástrica. A entrada de toxinas na circulação e sua posterior absorção, agravam ainda mais o quadro de choque.

O que é que pode ser feito?

A assistência por parte do médico veterinário deve ser imediata. É necessário que a pressão nas paredes do estômago e órgãos internos seja diminuída através da passagem de um tubo pelo estômago. Esta pressão também pode ser aliviada utilizando um cateter perfurando o estômago
É imperativo que se inicie o tratamento para reverter o choque com grandes quantidades de fluidos intravenosos. Uma vez que o paciente se encontre estabilizado, o estômago deverá ser recolocado na posição anatômica correta. Para tal o animal tem de ser submetido a uma cirurgia abdominal sem demoras.

Em que é que consiste a cirurgia?
Após a recolocação do estômago na sua posição fisiológica, tem de se prevenir que haja recorrências, para tal é utilizado uma técnica cirúrgica – gastropexia. Este procedimento consiste em suturar uma porção do estômago à parede abdominal para que este não volte a rodar sobre si mesmo. Se existirem áreas de necrose (morte) da parede do estômago, estas deverão ser removidas.


Qual a taxa de sobrevivência?

Depende das circunstâncias em que o animal entre na clínica. Tem-se que ponderar diversos fatores vitais como: severidade e agravamento da situação, problemas cardíacos secundários, extensão das áreas de necrose do estômago, entre outros. Existe a probabilidade de cerca de 15 a 20% de morte dos animais após cirurgia.


Podemos prevenir a ocorrência de Dilatação e Torção Gástrica?

A gastropexia preventiva em animais predispostos é o método mais eficaz para evitar a ocorrência, podendo ser recomendado como profilaxia em animais valiosos. Na maior parte dos casos esta cirurgia não previne a dilatação mas sim a impossibilidade de torcer.
O manejo dietético consiste em administrar duas refeições fracionadas diárias, restrição de exercício antes e após a ingestão de água e/ou comida. Ter especial atenção às necessidades dietéticas pós-parto e minimizar as situações de stress. Estas são algumas das situações em que os proprietários poderão intervir para minimizar os fatores de risco, no entanto não hesitem em contatar-nos para mais algum esclarecimento relativamente a esta patologia que tanto afeta os nossos animais de companhia.

Doenças em Cachorros: Dermatites agudas húmidas

Doenças em Cachorros: Dermatites agudas húmidas



O que são dermatites agudas húmidas?

As dermatites agudas húmidas (DAH), também designadas de dermatites piotraumáticas ou hot spots, são lesões bacterianas da pele localizadas. As DAH surgem quando ocorre uma irritação localizada da pele que produz inflamação e comichão. Consequentemente, o animal lambe e mordisca a região, o que ainda exacerba ainda mais o processo inflamatório.


Qual é a causa de uma dermatite aguda húmida?

As DAH surgem quando algo irrita a pele e se inicia um ciclo de comição-coçar. Causas comuns incluem pulgas, processos alérgicos, doenças parasitárias, doenças dos sacos anais, picada de mosquitos, moscas ou carraças. As DAH são comuns na época do Verão, e surgem com mais frequência na região lateral da cabeça ou nos flancos.


Como se diagnosticam as DAH?

-Tipicamente, o animal apresenta:
-Áreas com perda de pêlo, pele vermelha, húmida e exudativa;
-Comichão intensa;
-Em alguns casos, a pele apresenta-se com crostas.


Como se tratam as DAH?

-Rapar e limpar as áreas afectadas com soluções antibacterianas adequadas.

-Interromper o ciclo de comichão-coçar, para prevenir a automutilação. A administração oral de medicação é instituída de acordo com as características da lesão.

-Quando há infecção bacteriana secundária, esta deve ser tratada. Em alguns casos é necessário prescrever um antibiótico adequado.

Cão mastiff tibetano é o mais caro do mundo

Um cachorro da raça mastiff tibetano se tornou o cão mais caro do mundo após ser comprado na China por 10 milhões de yuans (2.5 milhões de reais). O nome do comprador de “Hong Dong", que se traduz aproximadamente para Grande Estardalhaço, de 11 meses, não foi revelado. Sabe-se apenas é um multi-milionário do Norte da China que atua na área de carvão.
De acordo com o criador Lu Liang, Hong Dong é considerado um espécime perfeito da raça e o preço extravagante para o cão é "totalmente justificado".

"Quando comecei neste negócio, há dez anos, nunca pensei que alcançaria este preço", disse Lu ao jornal britânico The Telegraph.

Mastiff tibetanos são cães de guarda enormes. Hong Dong mede 0,90 cm de altura e pesa 80 kg. A raça foi muito usada como cão de guarda de acampamentos nômades e mosteiros ao longo da história da região do Tibete e acredita-se que seja uma das raças mais antigas do mundo. Lendas contam que Buda e Gengis Khan tinham cães da raça. Atualmente, por causa desta tradição, possuir um mastiff tibetano é sinal de status na China.

Por que chocolate pode ser mortal para cães?


Por que chocolate pode ser mortal para cães?
 


N ão adianta se deixar levar pelo rabo abanando e olhar guloso. Quando se trata de chocolate, o melhor é manter o doce bem longe de seu melhor amigo. Segundo veterinários, o produto contém teobromina e cafeína, dois estimulantes que podem colocar o corpo dos cães em perigo.
Para a intoxicação por chocolate chegar a níveis tão graves, é preciso considerar a concentração das substâncias no produto, a sensibilidade do cão a estimulantes químicos e o seu peso – um quadradinho de uma barra de chocolate terá mais efeito em um Chihuahua do que em um São Bernardo, por exemplo.
De acordo com o veterinário Greg Nelson, cem miligramas de teobromina e de cafeína por cada quilograma de um cachorro já é suficiente para ser letal. As diferentes concentrações dos estimulantes em cada produto, no entanto, podem dificultar a conta. Chocolates ao leite são menos perigosos do que chocolates puros, mas diferentes marcas também apresentam variações.
Os sintomas iniciais da intoxicação incluem salivação excessiva e dor de estômago, seguida de vômito e diarréia. A frequência cardíaca do animal também irá aumentar, e ele pode se tornar inquieto, nervoso e extremamente excitado – assim como uma pessoa sensível à cafeína quando toma muitas xícaras de café. Porém, uma frequência cardíaca irregular conduz a situações mais graves, como queda da temperatura corporal, letargia, espasmos musculares, convulsões e coma, levando à morte.
O grande conselho dos veterinários, portanto, é negar o chocolate ao seu cãozinho, assim como toda comida de humanos. “Melhor estar seguro do que arrependido”, conclui Nelson